terça-feira, março 03, 2009

A morte de Nino Vieira e Outros exemplos em Portugal e no Mundo

O Presidente da Guiné Bissau foi assassinado.
Nino Vieira foi morto esta madrugada, depois de ter sido assassinado o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
Esta situação acontece quando os Povos estão desesperados.
Aconteceu ao Rei D. Carlos em Portugal;
Ao Presidente da República Portuguesa, Sidónio Pais;
Ao Primeiro Ministro Sueco, Olof Palm;
Ao Presidente dos Estados Unidos J.F.Keneddy;
Ao chefe do Estado de Israel;
A Aldo Moro, PM de Itália,
e a vários outros.
É lamentável!...
No entanto, o Povo quando está desesperado reage e assassina chefes de estado e de governo.
Lá no fundo o que o Povo quer é uma mudança na Ordem Constitucional.
Uma das formas de reacção dos desesperados.
(In José Maria Martins com a devida vénia)
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Nesta lista, talvez por esquecimento, falta assinalar:
A primeira acção da ETA (por quem mantenho o maior respeito e admiração) em Madrid, 20/12/73, contra Don Carrero Blanco.

5 comentários:

Camilo disse...

O poder corrompeu Nino Vieira, que se transformou num potencial carniceiro.
Felizmente alguém disparou o gatilho.
Pum!!!
Acabou-se com mais um assassino;
Menos um ditador a degolar inocentes.
Pena, pena... que isto "só" tenha acontecido na Guiné.
(Pelo menos, para já...)

Prof-Forma disse...

Alguém que ache que D. Carlos, Sidónio Pais, Kennedy, Olof Palme, Ytzhak Rabin, ou o próprio Nino Vieira, foram mortos pelo «povo», não anda a ler a mesma História que eu...

Camilo disse...

Amigo "JV",
O termo (é mesmo termo)... "povo", digamos que é mais simbólico.
Compreendo o Dr. JNN quando o aplica neste caso.
Todos estes acontecimentos, na sua generalidade, (talvez com excepção para o caso sueco)o "povo" não suportava mais o "manda-chuva".
Cumprimentos.

Prof-Forma disse...

Não vejo porquê. A presença republicana no Parlamento era irrisória aquando do regicídio, e os assassinos de D. Carlos (os carbonários) eram um grupúsculo dentro da minoria; Sidónio tinha sido sufragado no primeiro acto eleitoral com direito de voto universal para os homens, e foi morto por um partidário da República Velha, consabidamente deplorada pela generalidade da população; Kennedy não era particularmente malquisto dentro da sociedade norte-americana, e tudo leva a crer que foi morto por membros da CIA que queriam radicalizar as relações com a URSS; Rabin obtivera o prémio Nobel da Paz no ano anterior à sua morte, ao acabar com mais de 7 anos de Intifada, e foi morto por um fanático judeu membro de uma organização nada representativa. Quanto a Palme, como dizes, é muito pouco crível que o seu assassino fosse, sequer, cidadão sueco. E Nino Vieira, goste-se dele ou não, foi eleito pelos guineenses por duas vezes depois de ter sido, outras tantas, deposto por um golpes de Estado - não é isto matéria suficiente para se achar que o povo não está propriamente «farto dele»?
Eu posso até concordar, em tese, com o JMM. Mas nenhum desses exemplos sustenta a ideia dele.

Abraço

Camilo disse...

O teu parecer está certo.
Porém, acontece quase sempre que depois do voto -maioritário ou não-com o passar do tempo, o "votante", através dos recibos da conta do gás e quejandos, verifica que foi "levado", então, pum! Pum!!!.
"JV", um grande Abraço.