domingo, julho 04, 2010

«Mulheres da minha vida»

É um programa do Manuel Luís Goucha, aos domingos, na TVI.
Hoje a mulher era a... Zita Seabra.
Dissidente do PCP.
Actual militante do... PSD.
"Vamos ser confrontados com a verdade...
Os Medinas Carreiras deste país têm razão..."
-foi dizendo, com um tique (nervoso?) de riso intervalado...
Uma pena, para os portugueses -verdadeiros- que esta entrevista, feita hoje, "a uma das mulheres da vida do Goucha," não tivesse sido feita em... 1974!!!

10 comentários:

Retornado disse...

Segundo ela, a Zita, sofreu um desgosto muito grande , no 25 de Novembro, com o fim do PREC. Hoje pensa que foi bom o 25 de Novº.

Eu, retornado, hoje penso ao contrário dessa senhora, pois foi pena o 25 de Novº não vir um anito ou dois mais tarde, para a revolução ser completa.

Pois já faltava pouco para os 180º:

Os bancos já eram do Estado, os latifundios alentejanos e ribatejanos já eram do povão, as carreiras de autocarros já eram dos chóferes, os Chápalimôs já tinham desaparecido para o Brasil, Angola já tinha começado a guerra da Independência...eu, como retornado, que só cheguei com a roupa no corpo, só tinha a ganhar com o comunismo da Zita Seabra.

E como depois de dar a volta completa de 180º, com o marxismo implantado, viesse o tal de 25 Novº, aí voltava-se a baralhar e tornar a dar.

E aí, a burguesia portuguesa comunista, socialista, esquerdista, oportunista e barriguista, não se exibia de cravo ao peito e com duas, três e quatro aposentações, fundações e administrações e tachões e gozarem com o povo.

Talvez fossem outros! Mas o povo tinha ficado mais escaldado e calejado com uma liçãozinha de marxismo ao vivo, que lhe tinha aberto um pouco mais os olhos.

Camilo disse...

Caro "Retornado"...
Olhe que já pensei nisso muitas vezes.
Estas gajos... precisavam de passar uns anitos, como eu passei.
A levar com os comunas em cima!!!
Aposto que ficavam com os olhos bem abertos.
Ai ficavam, ficavam!!!
(Ou, então, cada vez mais burros)...!

César João disse...

Esse é um caso que nunca entendi.
A dita Senhora vir do PCP para o PSD.
Já agora,e se a memória não me falha,ela foi casada com Carlos Brito,ex deputado do PCP,não?

Marreta disse...

Na altura da dissidência, diz ela que pretendia RENOVAR o PC. A renovação passava por tornar o PC num partido social-democrata, ou ela já era social-democrata desde que nasceu? De um extremo ao outro é demais, se fosse para o PS, ainda se poderia entender, tal como outros fizeram. O estranho é que demorou TANTOS anos a perceber o falhanço da ideologia comunista, outros houve que não precisaram de tanto tempo, como o Cherne, que teve mais visão estratégica para atingir um poleiro rentável.

Saudações do Marreta.

Retornado disse...

Havia uma certa fauna luso-burguesa, que se dizia comunista por modismo, principalmente porque a barba lhe ficava bem na foto e os paizinhos até lhe permitiam uma mezada para estudarem em Lisboa, Porto, Coimbra, Paris, Suiça, até aos trinta anos.

Alguns, até recebiam a mesada, vinda do analfabeto mas honrado paizinho que vendia fuba e peixe seco, agarrado a camions e tratores em África, com o maior sacrifício, e ainda chamavam atrazados e racistas aos velhos pais.

No 25 A, quando puseram o cravo ao peito, andaram a doutrinar o povo, como a senora Zita fez, e, essa mesma burguesia que continuou burguesa, foi fazendo parte dos governos e administrações de EP´s e Bancos, Câmaras e deputados, etc.e hoje os cravos devem se de ouro, mas estão nas ferraduras, pois não passam de umas cavalgaduras, que espezinham o Zé Povinho.

Camilo disse...

Caro Marreta,
O Chico da Cuf, por exemplo...!

caçador disse...

eu lá sei o que vou escrever pois sou ex combatente e claro fui e sou contra todos os 25 de portugal mas em angola os senhores comerciantes eram abuzados um belo dia nao lembro me mandaram apanhar um unimog 404 mas sai de m´pala numa coluna que fizeram o trecho m´pala lufico tomboco e ambriz ou ambrizete claro passei no horario de almoço e fui lá num restaurente e pedi um churrasco que para quem nao sabe um churrasco nada mais era do que um frango assado mas o senhor dono do restaurente trouxe uma pomba assada ou outra coisa eu falei para o senhor eu nunca vi um frango com a carne preta e muito dura eu falei meu senhor eu nao vou comer e muito menos pagar? resposta do senhor comerciante é por isso que nao gosto dos soldados aqui em angola deixem a gente com os pretos quem a gente se entende muito em primeiro lugar nao existe raça preta existe sim raça negra o sr comerciante já estava errado mas a minha resposta foi seca meu sr.se nós formos embora vcs vao ser todos mortos e nao deu outra e fui

Retornado disse...

Ó senhor caçador, assim como os soldados, tambem havia muitos comerciantes que foram, vieram e nunca souberam o que era aquela terra.

Ainda hoje, há muitos filhos desses comerciantes e dos filhos desses soldados, que, devido ao desemprego, estão hoje à porta da embaixada de Angola à espera de visto para aquela terra sem saberem o que os espera. Mas no desespero, até vão para o inferno.

Só tenho pena que haja neste momento, filhos de retornados e de soldados que por lá andaram, terem que emigrar para lá, de qualquer maneira, porque apesar da fartura do petróleo, não se encontra frango assado, com aquela fartura que se tornou conhecida de todos os que andaram por lá.

Mas caçador, se fosse hoje com um comerciante desses, chamavamos a ASAE!

Sr. Caçador, ainda bem que os soldados andaram por lá, se não cá nem se sabia que os brancos tinham criados pretos e cozinheiros e lavadeiras pretas, qundo cá, na metrópole eram serventes eles e sopeiras elas.

Tambem não se sabia que os pretos trabalhavam para os brancos e estes não lhe pagavam e ainda lhe batiam (só lá havia brancos com força).

Sr. Caçador, será que o comerciante do churrasco queimado que não gostava dos soldados, já adivinhava o que pensavam os Rosas Coutinhos e os Manel de Argel e o Mario Soares, que era desprezar os portugueses que viviam no ultramar e tratarem do seu umbigo? Como se viu do 25 A até hoje?

Sr. Caçador, nunca fui comerciante nem tive restaurante, mas esse tipo do churrasco queimado, suja a imagem dos milhares de comerciantes de Angola.

Espero que nunca mais tenha comido churrasco naquela maldita terra.

Bem feito que vieram todos embora e ficou lá o dinheiro todo, já que não o queriam trocar com a tropa a 25%.

Sorte tiveram muitos retornados que vieram sem nada, porque muitos até deixaram lá o coiro porque no 25 de Abril os soldados não tinham ordem para proteger os brancos (portugueses malandros), só tinham ordens para ajudar a UPA uns, UNITA, outros e MPLA outros.

Fui, mas volto!

Camilo disse...

Caro Caçador...
Há de tudo na vida,porém, que me lembre, todos, mas TODOS os comerciantes respeitavam a tropa (era assim que se chamava).
Tinham muito respeitinho pela farda.
Eu usei a amarela e depois a verde (!!!).
Nunca me chegou aos ouvidos que um qualquer comerciante (fubeiro, como a malta lhes chamava) tivesse faltado a um militar português, principalmente acompanhado por outros militares, como julgo que o amigo Caçador estava.
Ai dele...!
Não, lamento mas não acredito na sua versão.
E, quando o amigo Caçador diz que pediu um churrasco e ele trouxe uma pomba, tome atenção:
-Não terá, o amigo Caçador, pedido um passarinho frito?
Olhe que se vendiam -e comiam- em quantidades industriais nos bares!!!
Claro que preto é o carvão.
A raça é NEGRA!
Mas, um comerciante do mato não é um letrado em cultura epidérmica.
Aposto que o amigo Caçador não distinguia um albino dum branco; ou um mulato dum preto; um cafuso; ou, o mais lamentável, um "cabrito" dum branco.
Mesmo nos dias de hoje e após passar tanto tempo...
E por último: O tasqueiro, perdão, fubeiro, tinha razão quanto à tropa: Não fizeram falta nenhuma. Foi uma vergonha o que se passou após o 25 d'abril.
Eu próprio vi arrear a bandeira portuguesa e ser embrulhada como um mísero lençol.
E, com o rabinho entre as pernas, debandarem até ao cais e pirarem-se de fragata para o alto mar.
Para que conste.
Quanto ao churrasco, acredito que,se se o amigo Caçador, hoje mesmo (ou amanhã), passar pela lojeca do tal taberneiro, aposto que ele, de bom grado e para não perder a clientela, lhe mandará assar um churrasco à maneira, mas desta vez, de frango verdadeiro.
E, sem penas!!!

Joel disse...

Ora aqui está um caso em que o caçador foi caçado.
É assim mesmo