quarta-feira, julho 08, 2009

ESTIVA EM FÚRIA: «SÓCRATES, ESCUTA...»

Queda.
Mais um sinal dos tais, hoje, defronte à Assembleia da República, pelos estivadores de Norte a Sul do País.
Claro que alguns comentadores mais aflitos, os Luís Delgado do Regime, os Bettencourt Resendes do Regime, os Júdices do Regime, os Emídio Rangel do Regime, tentam dissipar a concentração de todas as críticas, remoques, frustrações, insatisfações sociais, razões de queixas, num só homem chamado sr. Sócrates, alegando que as responsabilidades podem ser diluídas e alegando sobretudo que é o efeito Crise, que tem as costas largas.
Além de ser mentira, é tarde de mais para paliativos.
Trata-se de um problema fundo chamado extinção da boa-fé e descredibilização total. Com Sócrates, o Poder foi exercido personalisticamente em Portugal, fazendo violência moral e violentando psiquicamente a sociedade a eito.
Tal linha fragmentadora e divisionista é velha e é acima de tudo trágica, tendo-se esgotado em Cuba, na antiga União Soviética, no Iraque de Sadam, na Coreia do Norte de Kim Jong-Il.
Uma linha mentecapta, devastadora da coesão civil, instigadora da inveja interprofissional e interclassista, sob pressupostos terceiro-mundistas de encarar as profundas exigências da cidadania: se um poder exercido clepto-oligocraticamente vai necessariamente por aí, as pessoas a pouco e pouco reagirão, aumentando de tom e de extensão o seu clamor e a sua indignação, como o fazem agora os Estivadores.
Quando formos um país liderado como qualquer Suécia, onde discretamente se trabalha, exemplifica mais trabalho e se papagueia muito menos propaganda, será finalmente bom sinal, se já não for também tarde de mais.
Entretanto, o grande unilateralista e desprezivo da negociação leal, Sócrates, é insultado em "espécie" e em "géneros" porque, como sempre fez, consabidamente insultou nos implícitos e nas inferências do não negociado.
É o efeito bomerangue das políticas em crescendo pois é de esperar o pior no que a contestação pura, dura e generalizada diz respeito:
e "O Sócrates não cumpriu, vai para a puta que o pariu"
e "fascista" foram alguns dos insultos proferidos por estivadores.»
Publicada por joshua em 5:29 PM
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1 comentário:

Anónimo disse...

Meu caro amigo,

desculpe-me, mas mais uma vez não posso estar de acordo consigo!

Isto não é maneira de tratar o PRIMEIRO-MINISTRO de Portugal! Onde é que se viu tamanho desplante?

CHAMAREM-LHE "FASCISTA"! Que falta de nível!

Um abraço!

GPS