O PSD exige que o PS esclareça "com urgência" as ligações dos socialistas aos detidos na operação Furacão, um grupo acusado de, a partir do Brasil, negociar sentenças judiciais e decisões políticas para beneficiar casas de bingo e de máquinas de jogos de azar.
Licínio Soares Bastos - um dos empresários portugueses detidos- é dos maiores financiadores do PS no Brasil e suportou grande parte das despesas da campanha do candidato socialista ao círculo fora da Europa nas legislativas de 2005, Aníbal Araújo.
Licínio Soares, é também proprietário do imóvel onde está instalada a sede do PS no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca.
Mas, o mais hilariante disto é que o empresário foi nomeado cônsul honorário de Portugal em Cabo Frio, um ano depois de José Sócrates chegar ao poder sem, contudo, o processo de nomeação ter sido formalizado junto do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
A Polícia Federal brasileira suspeita que o português fosse o intermediário do grupo nas negociações para abrir casinos em Portugal e no Brasil.
Numa das escutas anexadas ao processo, outro detido, o advogado e empresário Jaime Garcia Dias, admitia ao vice-presidente da Associação dos Bingos do Rio de Janeiro, José Renato Granado, que estava em Portugal reunido com deputados e que as despesas da estadia estavam a ser suportadas "pelo presidente da câmara".
Na transcrição da escuta, o empresário brasileiro nunca revelava o nome ou o partido dos deputados e do autarca.
Se olharmos para a nossa imprensa escrita e falada o tema quase passou despercebido.
Coincidências, ou não?
Sobre os financiadores dos grandes partidos é um silêncio sepulcral mesmo perante provas abismais.
Este assunto irá cair no esquecimento.
Primeiro o PSD não irá fazer grande alarido. Sabe-se lá porquê…?
Segundo, o PS saberá mexer os cordelinhos na comunicação social e o tema não passará de um pequeno assunto de fim-de-semana.
2 comentários:
Este é mais um dos assuntos do qual não interessa falar...
Um grande abraço.
É injusto! O homem é um Português de sucesso.
Quando um empresário procura assumir o seu papel de cidadão lá começam os comentários.
Assim jamais este país vai lá!
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