sábado, junho 19, 2010

Morreu mais um... dos "tais"...

Espanha que tanto amou...
não se sentia Português...

Porque hoje é o meu aniversário, não gostaria de ficar esta efeméride marcada pela morte de ninguém... por muito que me sinta tentado em considerar não merecer a prenda do desaparecimento de alguém que na sua pequenez foi grande, porque queira-se ou não, a medalha de ouro, o diploma e os trinta mil contos então recebidos como Prémio Nobel da Literatura serviram para prestigiar o País...mesmo que tenham também servido para dar relevo ao Partido onde estava arregimentado...
José Saramago escrevia conforme pensava e como o pensamento dele era complicado, a escrita regia-se pelos mesmos princípios.
Há quem teime em dar ponto sem nó... Saramago teimava em não acentuar aquilo que escrevia... logo não poderia levar-se a escrita muito a sério, porque não seguia as regras gramaticais que ele tanto gabava terem contribuído para a sua atracção pela escrita.
Nunca se pergunta a um ateu qual o santo da sua devoção, pois não se deve esperar uma resposta muito "católica" a tal provocação.
O Zé da Azinhaga comungava não o Corpo e Sangue de Jesus Cristo na Eucaristia, mas os ideais bolcheviques do Camarada Staline, do Patriarca das estepes Joseph Lenine e de todas as personalidades maiores da vida soviética dos tempos da nomenklatura comunistóide.
Numa "JANGADA DE PEDRA" a humildade de Saramago conseguiu que fossem "LEVANTADOS DO CHÃO" aqueles que se aproveitavam do "MEMORIAL DO CONVENTO" para lançar um "ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA" destinado a descobrir "TODOS OS NOMES" daqueles que se portavam como "CAIM" ao constatarem ter de ler "O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO" antes que seja descoberto "O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS".
Os 30 jornalistas que ele correu do Diário de Notícias, quando era sub-Director, devem estar todos presentes no funeral, para lhe dizerem o muito obrigado por não terem de o aturar.
Acho estranho que não pretenda ser cremado e atiradas as cinzas ao mar de Lanzarote, na sua Espanha que tanto amou, uma vez que não se sentia Português... até o disse quando da eleição do actual Presidente da República Portuguesa.
Vem agora o Mário Bochechas propor que o corpo/cinzas vá para o Panteão, o que até concordo desde que tirem de lá aqueles que não gostarão de se ver acompanhados por tão nefastas companhias, como Aquilino "Regicida" Ribeiro, Humberto Delgado e Cª. E não proporem a ida para o Panteão do Miguel de Vasconcelos, do João Fernandes Andeiro, do Henrique Galvão, do Palma Inácio, do Álvaro Cunhal, do Rosa Coutinho, do Vasco Gonçalves e outras figuras da Ínclita Geração de Moscovo... aproveitem que é mais barato à dúzia!
Pobre Amália! Que companhias te querem arranjar!
Sorte teve o Camões, que ninguém sabe onde está sepultado! Já viram se ele tinha de pedir asilo político numa outra dimensão do Além?
Que o D. Jose Saramago del Lanzarote y Azinhaga, muy ilustre hombre de letras e Nobel de la Literatura por la gracia de sus escritos lhenos de inquietud, se quede muchos años sen nosotros, por Dios!
.....
Um abraço do Victor Elias - Sintra

2 comentários:

Camilo disse...

Grande Elias, obrigado!!!

Camilo disse...

Também lhe chamavam o "Erva Daninha".